A maioria das empresas de maquininhas cobra as mesmas taxas para chip e tarja, porém algumas cobram taxas mais altas exclusivamente para tarja. Existe também o caso do PagSeguro, que não antecipa os valores das vendas para prazos curtos nas vendas recebidos com cartão de tarja.
O motivo dessa diferença é que vendas com cartão de tarja oferecem maior risco de fraudes para as empresas, caso o cartão seja roubado ou clonado o burlador tem mais chance de concretizar compras fraudulentas.
Para se proteger e evitar prejuízo, algumas empresas elevam as taxas para esse modelo de venda. No Brasil é a empresa de cartão de crédito que arca com os custos desse tipo de fraude e não o lojista.
Outras empresas sequer fabricam leitores capazes de vender para cartão de tarja, evitando transtorno e focando na tecnologia mais moderna que é o cartão de chip.
Não se assuste se seu cartão ainda tem tarja! A maioria dos cartões ainda têm, e a maioria das maquininhas faz leitura da tarja magnética.
Essa opção ainda é mantida, pois se ocorrer falha no chip a tarja magnética é uma segunda opção de leitura, diminuindo as chances de se perder vendas.
O chip é um microprocessador, podemos imaginá-lo de forma simples como um minúsculo computador capaz de armazenar dados e fazer cálculos.
Ele pode armazenar muitos dados, consegue criptografar informações de forma segura (transforma dados em código difíceis de serem interpretados), e obriga a digitação de um código de segurança ou senha para confirmar o pagamento.
O leitor de cartão consegue interpretar esses dados do chip, fazer diversas confirmações no sistema e por fim concretizar os pagamentos.
Já a tarja magnética compila as informações para realizar os pagamentos em três trilhas de dados.
Cada trilha possui minúsculas barras magnetizadas e um código, justamente essa informação é interpretada pelo leitor de cartão.
Para concretizar o pagamento algumas empresas recomendam que o vendedor retenha o cartão do cliente e compare a assinatura no verso do cartão (caso esteja assinado) à assinatura no comprovante de venda.
Já outras empresas recomendam apenas que o cliente digite o código CCV.
Ambas as opções são mais vulneráveis comparadas as práticas do cartão de chip.
É sempre válido comprar a máquina mais completa possível para seu negócio que passe todos os tipos de cartão, no entanto, precisamos assumir que as vendas realizadas por tarja são cada vez menores.
Caso a máquina que você pensa em comprar não passe tarja, mas as taxas de venda sejam mais competitivas, pode valer à pena comprá-la mesmo assim.
Ao comprar um leitor com tarja, verifique quais as taxas para vendas nessa modalidade e quais as regras de antecipação, dessa maneira você evita surpresas.
Na maioria das vendas o cliente irá apresentar o cartão com chip e tarja, tudo que você como vendedor precisa fazer é pedir educadamente e sorrindo para o cliente inserir o cartão na maquininha, ou você mesmo inserir para ele.
Dificilmente um cliente ou vendedor “passa” o cartão no leitor de tarja, os clientes e vendedores já estão acostumados a usar a opção de chip e senha ou aproximação.
Usando a opção chip e senha, além de ser muito mais seguro, você pode garantir melhores taxas nas vendas e na antecipação!
Apesar deste artigo ser um pouco dramático, tenha certeza que o número de fraudes é pequeno, do contrário o mercado de maquininha de cartão não seria tão gigantesco.